segunda-feira, 13 de agosto de 2007

A viagem...

Veloz sem se ver,
Quente sem se tocar,
Triste com o olhar,
Triste sem perceber.

Trocaria mil voltas num passo,
Num passo breve e curto,
Por um forte abraço,
Por um leve repuxo.

Romaria a mil portas
Se preciso fosse,
Levantaria minhas mãos mortas
A quem me dissesse teu nome doce.

Olhar-te-ia com aqueles olhos,
De fresco fulgor,
De terno amor,
Os olhos sem dor...

Pois se possível fosse,
Ter teu nome doce
Em meu colo enxuto,
Falaria em bruto
Este som mudo.

Como se pudesse ser...
O meu coração ver
O que os olhos estão a perder.

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