Brilhante, sadio...
Deslumbra noites a fio
O luar.
E de fio a pavio
Procura-lhe o olhar.
De mel e doce paladar
Vem correndo e escorrendo
Sem tocar,
Respirando o vapor a fino medo.
Espreita e recua o dedo,
Rasgando a parede de céu,
Que cedo
Esmorece a cor.
Desmaia o lábio de seda,
Pelo rasgo amargo do vinho,
Um só despenda,
Fecha os olhos e segue caminho.
Reluzente toque brusco,
Desliza e aperta sem ver,
É o Lusco-fusco
Calmante, vibrante, de não se perder.
Fechado de neve morna,
Espera a mil, o piscar do olho,
Como quem torna
A ansiar que lhe entornem o molho.
Deslumbra noites a fio
O luar.
E de fio a pavio
Procura-lhe o olhar.
De mel e doce paladar
Vem correndo e escorrendo
Sem tocar,
Respirando o vapor a fino medo.
Espreita e recua o dedo,
Rasgando a parede de céu,
Que cedo
Esmorece a cor.
Desmaia o lábio de seda,
Pelo rasgo amargo do vinho,
Um só despenda,
Fecha os olhos e segue caminho.
Reluzente toque brusco,
Desliza e aperta sem ver,
É o Lusco-fusco
Calmante, vibrante, de não se perder.
Fechado de neve morna,
Espera a mil, o piscar do olho,
Como quem torna
A ansiar que lhe entornem o molho.