quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Como quem torna...

Brilhante, sadio...
Deslumbra noites a fio
O luar.
E de fio a pavio
Procura-lhe o olhar.

De mel e doce paladar
Vem correndo e escorrendo
Sem tocar,
Respirando o vapor a fino medo.

Espreita e recua o dedo,
Rasgando a parede de céu,
Que cedo
Esmorece a cor.

Desmaia o lábio de seda,
Pelo rasgo amargo do vinho,
Um só despenda,
Fecha os olhos e segue caminho.

Reluzente toque brusco,
Desliza e aperta sem ver,
É o Lusco-fusco
Calmante, vibrante, de não se perder.

Fechado de neve morna,
Espera a mil, o piscar do olho,
Como quem torna
A ansiar que lhe entornem o molho.

2 comentários:

Anônimo disse...

N sei o q te motivou...mas é fantástico como o q escreves nos permite levar emoções ao mais íntimo de nós...!

Anônimo disse...

tá nice...

passa aqui...

http://osgajosdocostume.blogspot.com

cumprimentos