terça-feira, 24 de julho de 2007

Sou eu.

Falo em felicidade,
Em merecê-la...
O que penso é verdade:
Não se trata de merecê-la.
Se o destino está traçado
De que vale estar preocupado?
De que adianta tentar alcançar algo
Se não ser feliz pode ser o meu fado?

Nada está traçado?
Continuarei a não ser feliz.
Diletante é o meu nome,
Sonharei alto como um nobre,
Mas cada sonho de giz,
Cada fino fio de cobre,
Desaparecerá com o vento,
Cairá como um pobre.

Pobres dos que não sonham,
Miseráveis dos que sonham e não lutam,
Sortudos os que podem sonhar e lutar,
Os que querem vingar e apenas não sonham...
Diletante sou eu,
Sonho alto, caio do céu,
Sonho de novo, fico sem véu...

Diletante,
Consciente...
Não combina, mas assim sou...
Como, minha gente?
Se sei o que me mata
Por que não lhe corto a vontade?
Sou eu, desgraça...
Sou partido, sou metade,
Num só corpo de mentira...

Nunca mudarei esta vontade?
Serei sempre esta falsa verdade?
Onde me levará?
Onde me perderei?
Vingarei?
Será?
Só queria...
...psiu! (Já partiu!)

Um comentário:

Paulo disse...

Gostei do estilo e tema do poema, fiquei bastante admirado!

E respondendo ao que dizes: mesmo que o destino esteja traçado, não quer dizer que não faça parte dele teres de lutar e tentar alcançar as coisas com que sonhas.