terça-feira, 14 de julho de 2009

Anos de um final vazio.

Será que tudo pode acabar num instante?
Anos a fio,
Cuidados com brio,
Alegria vibrante?

Deitado fico só de pensar,
Enterrado de entender
Que aconteceu,
Ou sou só eu?
Estou a perder?

Só me pergunto,
Não me sei responder
Nada acontece,
Sou mudo ao entardecer,
Sou cego até quando não me apetece.

Não conseguirei mais acreditar,
Numa palavra,
Numa vontade de estar
Sem na mentira pensar,
Sem o vazio esticar.

Chocado,
Incrédulo,
Estirado,
Trémulo...

Se frases já não fazem sentido,
Se acções não se explicam,
Como posso dizer que não estou perdido,
Se não sei onde todos ficam
Quando tudo pára?

Demasiados rodeios,
Poucas certezas,
Muitos meios
De dizer não
E nem um.

Seco num mar de sentimentos,
Preto numa concentração de cal,
A mente em tormentos
A vontade de saber o que está mal...

Zero,
Um mero
Redondo
Zero.

Vazio.

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