domingo, 5 de abril de 2009

Música da geração.

Ser um violino
E ter teclas de piano
Neste mundo cínico
Onde tudo é coberto de engano
É como correr ao som do vento,
É perder-se a cada contratempo
É voltar atrás e pegar,
Em tudo levar a força de uma geração
Que renega a vontade
E cai numa sedução
De vergonhosa verdade.
Renega, e refuta
E luta
E estremece,
Agita tudo, aquece,
Arrefece.
Voltou atrás, percorreu as teclas
Deste violino sem claves
Que nunca lhe deu as notas certas, aquelas abertas
A mudar o som de uma época.
E tudo recomeça, as cordas partem,
O som rebenta sem se ouvir...
Nada mais.
Não me matem,
Apenas quero-me sozinho a sentir.